COVID 19 – MEDIDAS ANUNCIADAS ONTEM, PELO PRIMEIRO MINISTRO

Ontem à noite, o primeiro-ministro esclareceu que não haverá recolher obrigatório, uma medida que foi tomada em vários países por forma a combater a pandemia. Em vez disso, existirá uma atuação pedagógica por parte das autoridades, com António Costa a considerar que seria "um desrespeito pelos portugueses impor um quadro sancionatório", uma vez que a população tem "cumprido tão bem" as recomendações de isolamento.

"Nas atividades económicas, como regra, aquilo que vigorará é que, salvo os casos de atividades que se dediquem ao atendimento público, devem manter atividade normal", com exceção de casos como os do município de Ovar, onde foi decretada calamidade pública local e foram impostas "medidas e restrições específicas" ao desenvolvimento da atividade económica.

Pelo contrário, nas atividades económicas que envolvem atendimento ao público, como estabelecimentos comerciais, "a regra é o seu encerramento". Neste caso serão exceções estabelecimentos como as padarias, mercearias, supermercados, bombas de gasolinas, farmácias ou quiosques, que "desempenhando e vendendo bens essenciais à vida do a dia, podem e devem manter-se abertos", apontou o primeiro-ministro. Quanto aos estabelecimentos ligados à restauração "devem ser encerrados no seu atendimento público", mas António Costa apelou a que se possam manter em funcionamento para serviços de entrega ao domicílio e take-away (recolha na loja). António Costa considerou mesmo "particularmente importante" que estes estabelecimentos de restauração se mantenham abertos "nas aldeias, nas vilas, nos bairros" para continuar a apoiar os que não podem ou não devem andar na rua, como os doentes e os idosos.

Quando questionado sobre o funcionamento dos centros comerciais, António Costa reiterou que para os estabelecimentos de atendimento ao público "a regra vai ser o encerramento", com exceções dos que são "essenciais à vida das pessoas".

O Primeiro Ministro apelou a que em todos os estabelecimentos comerciais que se mantenham abertos sigam as normas ditadas pela Direção Geral de Saúde quanto ao "afastamento social", devendo privilegiar o atendimento à porta e no postigo para evitar o contacto dos clientes com os colaboradores. "Os centros comerciais serão encerrados com exceção das lojas que tenham esta natureza e que podem permanecer abertas", disse.
A higienização das superfícies e a utilização, quando indicado, de equipamento de proteção individual foram outras das normas recomendadas pelo primeiro-ministro.

Fonte: sapo24